Era uma vez uma menina muito sonhadora. Alice tinha uma criatividade infinita: caixa de sapato virava casinha, garrafa virava lâmpada mágica, pote plástico virava um capacete de astronauta. Tudo se transformava com a imaginação dela.

Até que um dia, conheceu uma senhora muito sábia e amável que costurava roupas pra sua família. Vendo que Alice olhava encantada a máquina de costura, a senhora chegou perto da menina e falou baixinho, como se fosse um segredo: “Tudo o que se costura com amor, Alice, se torna realidade.”

Alice ficou maravilhada com aquilo e no mesmo dia buscou uma antiga máquina de sua mãe e começou a costurar. Fazia doces, árvores, golfinho, bola, patins e até uma roda gigante.

Um dia, ouviu o vizinho conversando com sua mãe de forma muito triste. O sonho da sua vida era ser pai. Alice não pensou duas vezes, buscou o tecido mais bonito, alguns botões e fitas e costurou começou a costurar um bebezinho com muito carinho.

Depois de alguns dias até terminar tudo, bateu na porta do vizinho e disse: “Eu fiz um presente mágico que vai trazer um bebê pra você.” Muito emocionado, ele acolheu o pedacinho de tecido e agradeceu.

Alguns meses se passaram e, enquanto brincava de bola, a menina ouviu a voz do vizinho e correu para a sala. Alice não poderia estar mais eufórica: o vizinho tinha um bebê nos braços e um sorriso de orelha a orelha no rosto.

Ele foi abaixando devagar para que a menina pudesse ver o bebê de pertinho. Ela olhava as mãozinhas, os olhinhos, o cabelo, e junto à roupinha amarela havia o seu bebê de tecido.

“De qual barriga ele saiu?” – Alice foi logo perguntando. Com toda ternura, ele respondeu: “De uma barriga especial, mas ele é meu filho do coração. Obrigado por ter acreditado no meu sonho, Alice.” A mãe olhou para filha sem entender nada.

“Eu consegui!” – pensava Alice. A máquina de costura tinha funcionado de verdade, ainda que o bebê do vizinho não se parecesse nem um pouco com aquele que ela tinha confeccionado.

Feliz por ter ajudado e com grande amor pela costura, ela pediu se poderia costurar roupas novas pro bebê. Foi nesse dia que Alice começou sua produção com a máquina mágica e seu amor genuíno!

Após alguns anos, quando adulta, Alice ria daquela história. Ela se aprimorou muito na arte da costura, fez muitos, muitos enxovais, prosperou, ganhou reconhecimento e nunca deixou de acreditar que seu amor e sua máquina de costura dava vida a famílias muito felizes!